PREVISÕES
Um dia uma cigana leu a minha mão,
E, sem delongas, disse de antemão,
Que encontraria a mulher da minha vida,
Que seria alta, bonita e decidida.
Eu não acredito em vaticínios,
Nem traçados desígnios,
Mas, ciganas não se enganam,
Com certeza também amam.
E tendo em suas mãos, as minhas,
Meu destino fielmente profetizou,
Falou de trabalho, até das vizinhas,
Disse e por fim enfatizou:
Mais vale um amor na cama
De que uma cama vazia.
É preferível amar quem nos ama,
A acordar todos os dias com azia.
Enquanto desvendava minha vida aberta,
Descobri que a cigana,
Era bonita e se chamava Ana,
Mas de codinome Roberta.
Não Seria desatino,
Encontrar na profetiza,
Que agora me enfeitiça
A mulher do meu destino?
Não. Não seria sonho,
Seria predestinação,
Algo tacanho,
Pura alienação.
Feita a previsão,
Revelou-se então a visão;
Ela era a mulher da minha vida,
Pena que eu já estava de partida.