PREVISÕES

Um dia uma cigana leu a minha mão,

E, sem delongas, disse de antemão,

Que encontraria a mulher da minha vida,

Que seria alta, bonita e decidida.

Eu não acredito em vaticínios,

Nem traçados desígnios,

Mas, ciganas não se enganam,

Com certeza também amam.

E tendo em suas mãos, as minhas,

Meu destino fielmente profetizou,

Falou de trabalho, até das vizinhas,

Disse e por fim enfatizou:

Mais vale um amor na cama

De que uma cama vazia.

É preferível amar quem nos ama,

A acordar todos os dias com azia.

Enquanto desvendava minha vida aberta,

Descobri que a cigana,

Era bonita e se chamava Ana,

Mas de codinome Roberta.

Não Seria desatino,

Encontrar na profetiza,

Que agora me enfeitiça

A mulher do meu destino?

Não. Não seria sonho,

Seria predestinação,

Algo tacanho,

Pura alienação.

Feita a previsão,

Revelou-se então a visão;

Ela era a mulher da minha vida,

Pena que eu já estava de partida.

Adão Jorge dos Santos
Enviado por Adão Jorge dos Santos em 24/09/2005
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