TRANSFORMAÇÕES

Então, depois de tudo que o vento soprou

As folhas secas caídas ao chão se perderam

Desprendidas de suas fontes de alimentação

Somente com o sopro podem continuar se movendo

Então, depois que um catastrófico furacão

Devastou sem a menor compaixão

Toda a possibilidade de um recomeço

Toda uma vida não vai ser preenchida por outra

Foi este mesmo vento que soprou folhas mortas

Que trouxe a vida através do pólen amalgamo

Unindo dois coração despedaçados e moribundos

Levando o sangue pelas venosas até a purificação

E este mesmo furacão cruel e devastador

Foi o responsável de uma reconstrução necessária

De uma obra já destruída pela ação do tempo

E marcada por mágoas infantis e sem motivo

Que o vento sopre com intensidade e furor

Que seja tão destrutivo o furacão dos senis

Ao ponto de levar para os confins do mundo

Toda forma de insanidade sentimental desesperada.