BIFURCAR SENDO
BIFURCAR SENDO
Ela pensa
sobre o lápis cantando
toques desliza
por dedos estranhos
segredos
querem sair correndo
nada do vento na janela
fechada rima
controla
sobre o lápis em cima
de qualquer coisa
outra mesa armada
outra certeza vidrada
envidraçada
perfeita demais
pra acontecer
ela debruça o soluço
derrepente
o que avulsa
volta num vulto
endiabrado querendo
possuir suas mãos
seus dedos complexos
nenhum movimento
tem o mesmo gosto
que o seu oposto
posto no fosso
que recebe sem demora
gotas supremas
gotas extremas
descem queimando
quer o delicado
sofrimento
quer o predicado absoluto
resoluto terminando
seus dias dentro
com a morte de todos
que morram todos
ainda não estou pronta
que deixam tonta
extravagante e morna
que morram todos
dentro dela...