coisas e coisas
as coisas botam o dedo na sua cara
lhe fustigam de dureza e inertêz
doutor e gente comum
consomem grandiloquente
o cotidiano,
compram aparelhos de gravar
e guardar exuberância.
coruja buraqueira vê buraco velho
e faz chão pra morar
as coisas não compram tempo,
inventam
depois pedem pra parar
é duro tanto ter que caminhar
e fazer mais do que vadiar