Perspectivas
Perspectivas
Eu não sei, realmente não sei
Entre a beleza da lágrima e do sorriso
Da maravilha de morrer e viver
Algo de belo que sempre apreciei
O choro copioso da mãe desesperada
Que nos braços tem seu filho amado
Vertendo seus últimos suspiros
Há uma beleza singular e tão rara
Ou quem sabe da glória do nascimento
A preencher o ar da singela esperança
Os ânimos em seguir firme o caminho
Forte, sem ceder ao total abatimento
Não sei, realmente não sei
Há o belo em todos os lugares
Talvez falte perspectiva aos demais
Ou loucura de menos...Jamais saberei
Pois de pronto, vejo a suprema beleza
Das perspectivas difusas e contrárias
Dos extremos polos que reveem a vida
Haverá sempre um fragmento de pureza
Eduardo Benetti