fomes e sedes sem fim
o teu cio exala cheiros
e em devaneios suspiros
pulsações desnorteadas
como os cataventos congelados
sob a égide da simbiose do tempo
da teimosia dos ventos
que eriçam a alma
de cada um de nós
a ermo
nesse deserto sem fim
oriundo das profundezas
dos nossos sonhos,
desejos
e fomes
e sedes
sem fim