fomes e sedes sem fim

o teu cio exala cheiros

e em devaneios suspiros

pulsações desnorteadas

como os cataventos congelados

sob a égide da simbiose do tempo

da teimosia dos ventos

que eriçam a alma

de cada um de nós

a ermo

nesse deserto sem fim

oriundo das profundezas

dos nossos sonhos,

desejos

e fomes

e sedes

sem fim

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 03/08/2015
Código do texto: T5333780
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