Animais de rua
Que cara é essa de fome
Reluzindo uma tristeza profunda
Como posso te chamar pelo nome
Trajando dessa sujeira imunda.
Como vieste parar aqui
Nem imagino do qual destino você veio
Fica pelos cantos a olhar não sabe pedir
Perdeu seu lar, visto também o asseio.
Vive ás margens da rua
Por infelicidade da vida
Comendo sobras cruas.
Sua ficha canina é indefinida.
Quem seria seu dono?
Desistiu de você por algum motivo
Preferiu ofertar-lhe ao s braços do abandono
E nem te acolheu como adotivo.
Carrega em seus olhos uma imagem de fraqueza
Talvez pela falta de algum carinho
Pois o tratamento da rua é uma inútil pobreza
Que chicoteia com palavrões e galhos de espinhos.
Vá agora procurar uma morada
Nessas casas de proteção
São tantas reconhecidas e estimadas
Como um cantinho do coração.
Francisco assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com