desço
Desço, agora, ao mundo dos sonhos
e durmo no jardim de um pomo
as flores concretas
me querem asas e semente
desço por teus degraus
e me cobrem de beijos os pássaros da boca urdida
o poema no bico pendendo a fome no dente
desço ao teu rio de doce água
que reviravolta a correnteza aflorada
onde tua mão respira o poema
desço à acolhida do sopro candente e lento
desço secreta e decantada, à delicada cadência
de tua fronte e fonte de rito,
sagrada.
Interação com o texto DEGRAUS do Poeta HéliojSilva