E o que entendi sobre antigas amizades
Ei, meu cara,
Não me leve na malandragem
Achando que não tenho uma alma lavada
De boas e ruins bagagens.
Meu jovem,
Pra você já não deu?
Fingir que está tudo bem
Que não tem mais poréns
Quando ainda entorta um olhar seu.
Lembra das promessas que fazíamos abraçados
Após bêbados e descontrolados
Que amizade boa era nossa
Que era linda como bossa?
Só esqueceu que nem só de risadas
Vive uma arte.
Arte que é arte
Perde a estribeira em alguma parte.
E o que me diz?
Diz que amadureceu, eu também.
Mas também aprendemos
Que tudo tem seu tempo.
E hoje entendo
Que tivemos o nosso.
E com ele aprendemos muito
Para conviver com o próximo.
Chegamos no 25.
E o que eu tenho com isso?
Hoje tenho um saco bem cheio
Para migalhar companheirismo
Então, meu camarada.
Vamos seguir adiante.
E não me leve a mal,
Mas não me leve na falsidade.
Vamos manter o que resta e restou
Do bom e velho respeito.