Estéril
Perdura o tempo infértil
E o meu zelo não é nada.
Por todo lado há sombras melancólicas,
Sobras de ontem...
À noite é quando menos atino,
Transcorro sem graça,
Sem chão, sem destreza.
Fio-me em palavras,
Mas não correspondem,
Não há folhas verdes,
Nem mistérios a serem desvendados.
Perdura o tempo estéril,
Sem nunca amanhecer,
Já não sei explicar.
Não colho o que plantei...