Não sou
um exponencial da poesia,
isto eu sei!
Mas conservo a insistência,
de aprimorar a retórica
e me esforço para escrever
versos abundantes...

Não me sinto
uma escrevedora de ideias estreitas,
mas, ainda não nasceu
um poema corpulento, 
aquele que enche os olhos
do leitor, creio...!
 
Mesmo assim,
sinto-me longe do desengano.
Há um verso teimoso
circulando pelas artérias,
seja bom um ruim,
ele nasce, sim!
 
Nas madrugadas, como agora;
 um verso invasor se hospeda em meu quarto,
fustiga meu sono, faz algazarra em meus ouvidos,
me tira da cama... Quer ser poesia...
É o chamado da inspiração,
que como o vento passa célere, bafeja,
me embriaga e vai embora.

Minha produção literária
não é farta, essa escassez não
furta meu desejo de escrever...Não!
Sou nuvem esperando
o sopro divino dos bons ventos.