Viver na ilusão
Quero encontrar uma saída
Na vontade que me segue
Para fugir de mim
Pois não suporto mais
Viver na ilusão
Num capítulo da vida
De um escuro perene
Onde vejo
Minhas células expostas
Num balcão
De um sonho que nasce
Por fora da noite
Quero rasgar a lua no céu
E sentir na sincronia da luz
Uma tatuagem feita
Num ritual de figuras distantes
Penso que larguei no silêncio
A infância do meu tempo
Tive muito medo
No tédio da alvorada santa
Tudo passou na inutilidade
De um tempo lavado
Nos atos submissos
Onde as regras da civilidade
Passaram em branco
Sem a razão da vida
Apareceu na réstia
Um sonho marginal
Caótico e úmido
Apenas
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