cenário final

Cenário final

Amanhã será novo dia,

Quem sabe a tarde seja ainda

Uma manhã nevoenta, quando vier...

Quem sabe esteja morna, quando vier.

Penso nas frases solta que reservo

Para quando vier.

O dia nascerá da penumbra

Nesse canto vespertino,

À espera das sombras levantarem-se,

Das fontes límpidas retornarem

Dos sentimentos criança...

Das coisas úteis, esquecidas na lida,

Como a paz de viver de eu menino,

Frente à infantilidade do adulto...

Quem sabe, as fulaninhas,

Quem sabe as águas das fontes,

As cercas derrubadas...

As pedradas... As pedradas...

Indo embora na fumaça do perdão

Enfim chegado, entendido ser,

Posto à mão.

Cenário em festa

Distribuo sorrisos,

Não me vejo otário,

Não vivo o paraíso do inocente

Nem o inferno do descrente...

Reflito sobre cada ato falho,

Respondo cada um premente...

Aqui me calo novamente

Frente à veracidade desse atalho:

Não somos planta pronta,

Somos sementes...

Amanhã será novo dia!

Quem sabe possa ainda sorrir

Essa alegria de somar dados

E dar conta do fiz de errado...

Sorrir talvez da própria alegria

Da malícia de parecer otário

Na vivência que te faz a mim

Parecer idílico... Ovário

Desse próximo grito: Estou vivo!

Mesmo calado...

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sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 31/07/2015
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