Sobejo
A poesia é lâmina afiada
Com a qual disseco sentimentos
Enraizados, embutidos no coração
Nas marcas escarlate que trago ocultas
Sob a alvura da pele aveludada
Como uma insígnia que sangra a dor perpetuada,
Cauterizada apenas por beija-flor e borboletas
Que bebem dessa essência constelada
No êxtase fresco de versos perfumados.
(Edna Frigato)