A uma bela adormecida

Clara mais que o sol

Reflete e penumbra sequer

Tem ousadia ou algo qualquer

Que lhe faça se não em prol.

Ouro aceso, reflexo de lua

Distração que arde a face

Nada há que então enlace

Feliz, quando caminha, é a rua.

Feita de espelho se pensar assim

Quando anda nos campos

Chuva de março quando aos prantos

Trigal de lanças de vigia ao jardim.

Tudo em ti fora desastre, tristezas

De homens a plantios de sonhos

Vencedora das mortes, vis bisonhos

Chama azul, qual à brasa vive presa.