Do Desejo - II

Nossa pele do desejo está acesa...

nessa fogueira, que foi brasa toda vida

e que agora, no amor, reacendida

vem em chamas de ardente delicadeza.

O desejo não ordena...ele convida

pro banquete, onde é nossa sobremesa;

na paixão magra e na alma tão obesa

por tanta paz...tanta ternura na comida.

O alimento é servido no olhar;

no sorriso, bebemos rios de alegria;

do abraço, que até então não havia,

nosso suor faz, da cama, um doce mar

para o desejo, de noite, mergulhar

nas águas onde o amor nada de dia.

31-07-2015

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 31/07/2015
Reeditado em 10/12/2015
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