Canto do meu quarto
No recanto, canto do meu quarto
Sob a sombra da noite que impera
Vejo a luz da sombra do meu dia
Que termina em grande melancolia.
Canto baixo e sussurro meu temor
Pelo dia que chega devagar
Dedilhando os alvos da aurora
Que devagarinho acaba de chegar
Raia o dia e o sol inebriante
Envolve-me com todo seu ardor
Entre nuvens de chuva e calor
Vejo a vida passar num só instante
De repente, e só mais um instante
Novamente o dia chega ao fim
Volto ao canto recanto do meu quarto
Pra sonhar com um anjo querubim.