Silêncio...

Psiu!

A luz apagou,

o som acabou,

a dor já vazou.

Nada mais resta,

nada resta mais,

apenas um grande vácuo

inexplicavelmente vazio.

Tantos caminhos,

tantos amores,

tantas dores que

o impediram de amar,

mas amar a que? Amar a quem?

Amar o amor, pois o amor

ama amar, contudo

parece que os portões

fecharam-se, caminhos

tortuosos apareceram,

ele ficou subordinado ao

acaso, queria que ela o

olhasse com o olhar que

nem o próprio amor

reconhece, pois ultrapassa-o.

Mas as esperanças minimizaram-se!

A dor aumentou,

o som voltou,

a luz acendeu,

as palmas tornaram-se velocistas

em meio ao cenário,

e ele, de ator a espectador

da escura dor.

Psiu!O coração parou, psiu!

É a dor pela falta de amor,

psiu! Tudo menos não amar, psiu!

DOR, psiu!