A SENSUALIDADE DA CARNE

A SENSUALIDADE DA CARNE

Satisfazem

os apelos desejos

de lábios carnudos

canudo em copo

suga profundo

olhando o mundo

vestido de terno

fazendo charme

num alarme de olhos

que viam tudo

desde o famoso canudo

que dançava frenético

por dedos finos

tocando harpas de anjos

num drink rubro

que não vinho

deliciar seus sonhos

ser o sangue do ritmo

que agrada um paladar

sem falar

beijar o céu da boca

nas fumegantes

silabas que sairão

proferidas

como as poucas

dos muitos lugares

que vagam calor

pedindo encontro

ela vai cruzar as pernas

ela vai abusar da cena

ela vai mostrar

que o pudico recatado

não dorme a seu lado

que o luar não

significa nada

ela quer ser amada

na relva

embaixo da ponte

no escuro beco

aonde ninguém dorme

ela vai mostrar o top

decorado da meias escuras

da pele alva descendo

diabruras desenhadas

ressecando a boca

das vozes com sede

de juras famintos

lancem sua rede

não quero perder

a vontade de ser fisgada

dilacerada

pela paixão

que vem primeiro

dizer sobre o corpo

que vem depois

o amor num sopro

não dizer mais nada...