Aos dias.

Dias longos de chuva corrente.

Ruas vazias, se foram pelo esgoto.

Perdi a esperança,de te encontrar na esquina.

Onde, qualquer dia, eu encontrei.

Sigo meu caminho, sozinho e perdido.

Sigo meu caminho, acabado e cansado.

Vendo os rabiscos, reavivando as paredes.

Procurando um sinal, ao longo de calçadas conhecidas.

Não há mentiras, quando a conversa está acabada.

E não há mais, palavras de amor.

Sigo o caminho, dos arrependidos.

Sigo o caminho, arrependido.

Olhando nos olhos, dos civis lá fora.

Eles olham de volta, pois, sentem-se observados.

Cavando no acaso, precisando de algo para culpar.

Por que, meu pescoço dói, sustentando o rosto para chorar.

Punhos fechados, aguardando as contrações.

Os anestésicos, não funcionam mais.

Esperando que o tempo, feche as cicatrizes...

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 28/07/2015
Reeditado em 07/09/2020
Código do texto: T5327152
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.