Aos dias.
Dias longos de chuva corrente.
Ruas vazias, se foram pelo esgoto.
Perdi a esperança,de te encontrar na esquina.
Onde, qualquer dia, eu encontrei.
Sigo meu caminho, sozinho e perdido.
Sigo meu caminho, acabado e cansado.
Vendo os rabiscos, reavivando as paredes.
Procurando um sinal, ao longo de calçadas conhecidas.
Não há mentiras, quando a conversa está acabada.
E não há mais, palavras de amor.
Sigo o caminho, dos arrependidos.
Sigo o caminho, arrependido.
Olhando nos olhos, dos civis lá fora.
Eles olham de volta, pois, sentem-se observados.
Cavando no acaso, precisando de algo para culpar.
Por que, meu pescoço dói, sustentando o rosto para chorar.
Punhos fechados, aguardando as contrações.
Os anestésicos, não funcionam mais.
Esperando que o tempo, feche as cicatrizes...