ALMA EM JUÍZO FINAL.

ALMA EM JUÍZO FINAL.

Tarde cinzenta.

Horizonte agonizando

Sob o mal olhar

De hediondas nuvens negras.

Auras desbotadas,

Num cortejo fúnebre,

Pedindo clemência,

Em ritos penitentes.

Pressentindo a proximidade,

Do real e iminente perigo,

O arco-íris quedou abatido,

Num esmaecer de cores.

Algo tenebroso espreitava.

O enxofre anunciava o mal.

Anjos desarticulados,

Temiam o juízo final.

Uma multidão em polvorosa,

Uivos e gritos misericordiosos.

Queimou-se tanto cão queimado,

Que faz pena até contar.

Somente uma aura ressuscitou,

Magistral, feito um carrossel,

Quando anunciaram o nome,

Com felicidade, eu li, Paulo izael.

O universo enciumando,

Tentou macular a alforria.

Alegaram que eu não deveria florir.

Feito utopia, foi assim que revivi.

=RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS=

"Escrevo o que sinto, mas não vivo o que escrevo"

Paulo Izael
Enviado por Paulo Izael em 23/09/2005
Reeditado em 23/10/2005
Código do texto: T53271