ALMA EM JUÍZO FINAL.
ALMA EM JUÍZO FINAL.
Tarde cinzenta.
Horizonte agonizando
Sob o mal olhar
De hediondas nuvens negras.
Auras desbotadas,
Num cortejo fúnebre,
Pedindo clemência,
Em ritos penitentes.
Pressentindo a proximidade,
Do real e iminente perigo,
O arco-íris quedou abatido,
Num esmaecer de cores.
Algo tenebroso espreitava.
O enxofre anunciava o mal.
Anjos desarticulados,
Temiam o juízo final.
Uma multidão em polvorosa,
Uivos e gritos misericordiosos.
Queimou-se tanto cão queimado,
Que faz pena até contar.
Somente uma aura ressuscitou,
Magistral, feito um carrossel,
Quando anunciaram o nome,
Com felicidade, eu li, Paulo izael.
O universo enciumando,
Tentou macular a alforria.
Alegaram que eu não deveria florir.
Feito utopia, foi assim que revivi.
=RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS=
"Escrevo o que sinto, mas não vivo o que escrevo"