Ser vento outra vez
Embora eu soubesse o que é sofrer
Tenho ainda a esperança
De alcançar uma dúzia de sonhos
Antes mesmo de morrer.
Nasci para ser palavra de acalento
E dormir sobre as leves brisas marinhas
No entanto prefiro ser como os sonhos
Fortes, intrépidos encorajados ao vento.
De nada adianta o som do meu lamento
Já que brisa não pode ser vento
Então, me entrego a tão suave tormento
Sem dormir é proibido sonhar.
Embora soubesse o que é sofrer
Tenho ainda a esperança
De que o Universo caia na lembrança
E me permita ser vento mais uma vez.