redemoinhos de equívocos

seguindo equívocos

seus ecos

seus sopros

seu desbobrar-se

na eternidade

a dentro

como um furação de mim

nos espelhos

dos redemoinhos,

das ventanias,

dos sopros oníricos

dos vendavais delirantes

como farpas de mim

esticadas nos novelos de arames

do destino destraçado

na silhueta alheia

dos absurdos coloniais

estreitos e vulneráveis

como os caminhos oriundos

das teimosias que me abastecem

como um marginal

à beira dos meus abismos

infinitos

proscritos

como os úteros que geram estrelas

e gozam a vida

como as passarinhos

que cantam à beira dos rios

existentes nos sues sonhos de menino

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 26/07/2015
Código do texto: T5324839
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