Suja de vida
 
 
Eu não devia ter nascido
Quando abri os olhos
Senti-me suja de vida
Vi uma platéia
Por trás da chuva
Que recostava na transparência
De um mundo muito amplo
Na linha que passava
E o dia também seguia
O tempo escapava em horas
Para mostrar
A engrenagem da vida
Achei complicado existir
Vejo tantas esquinas estranhas
Tenho visto lugares que nunca fui
Vejo riscos em linhas
Que são caminhos ou mapas
Já encontrei muitas coisas
Como a hipocrisia e o preconceito
Quero voltar sem vícios
Deixando aqui a parte suja
E numa rápida ilusão
Despertei do meu sonho
Na margem da minha janela
O vento passou sem destino
Meu sonho deixou de sonhar
E continuo sem entender
O sentido de ser
Suja de vida



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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 26/07/2015
Reeditado em 18/01/2016
Código do texto: T5324337
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