Inebriante

Anda navegando em águas turvas,

Seu gingado de barco em alto mar,

Cambaleando sempre,

Aquele olhar que invade a alma.

Sua voz ecoa e se alastra,

E seu corpo tomba,

Como dança de tempestade,

E a boca percorre o ser.

Doa-se e toma-se,

Com o ardor do pensamento,

Confundindo emoções,

Em incoerentes sensações.

Vejo-o vagar sozinho,

Como uma nau abandonada,

As ondas te deslocam sem rumo,

Talvez afundes engolido pelo mar.

Teresa Cristina Monteiro
Enviado por Teresa Cristina Monteiro em 26/07/2015
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