Inebriante
Anda navegando em águas turvas,
Seu gingado de barco em alto mar,
Cambaleando sempre,
Aquele olhar que invade a alma.
Sua voz ecoa e se alastra,
E seu corpo tomba,
Como dança de tempestade,
E a boca percorre o ser.
Doa-se e toma-se,
Com o ardor do pensamento,
Confundindo emoções,
Em incoerentes sensações.
Vejo-o vagar sozinho,
Como uma nau abandonada,
As ondas te deslocam sem rumo,
Talvez afundes engolido pelo mar.