FORJADO A FRIO E A QUENTE
E o que eu faço com este vazio?
Com esta sensação de abandono e frio?
Não me restou nem mesmo brio
Para fingir que te esqueci...
Leio, escrevo, saio às vezes,
Mas me acompanham sempre as lembranças,
Embora já se tenham passado meses...
Meu coração não se cansa
De acalentar esperanças...
Eu vou a festas, ao teatro, ao cinema,
Arrumo a casa, cozinho, vejo tevê,
Mas trago comigo este dilema...
E, embora tente te esquecer,
Mudando de assunto e de tema,
Você está impresso na minha mente,
Forjado a frio e a quente
E eu não paro de pensar em você.