Plantio e cultivo (amores e dores)
Não sei se fico com o goiaba da tinta na parede, o azul da tinta da caneta na folha branca, as palavras molhadas ou as flores que estão sendo ensopadas.
Eu não sei.
O fato de algumas interrogações se transformarem em exclamações fez chover, e as flores, ah, as flores tão frágeis se curvaram para sentir o que o coração quer lhes dizer.
- E o que tu quer nos dizer, caro ser pulsante?
- A seca acabou. Eu vim cultivar.
Mas, o que eu não entendo é o motivo para que esse plantio receba atenção agora. Seria maturidade ou relatividade? Será que as coisas que tenho aprendido tem me feito crescer? Ou diminuir?
Pra onde eu vou mesmo? E pra onde eu pensava estar indo?
As flores se curvam, o coração colhe, mas há rosas com espinhos, e há cravos tão bonitos, e esses dois últimos são os que estão começando a doer.
O que hei de fazer se toda vez que encontro uma resposta, nasce uma dúzia de perguntas? O que hei de fazer se toda vez que uma flor se curva, nasce meia dúzia de rosas e meia dúzia de cravos?
"Tempo, tempo, tempo... És um dos deuses mais lindos" cantam por aí...
E haverá muitos Ts dessa vez.