O poeta menino (VI e X)

O poeta menino

VI

Gosto de rimas sexuais e ardentes,

O que tu lês tantos sonetos bons?

Que me amas cheio da paixão e sentes

Todo o erotismo do calor nos sons,

Viro mancebo dos amores doces

Quem eu te encanto puramente e canto...

Com que me beijes docemente e adoces,

Oh meu amor! Oh coração do pranto!

VII

Em louco frêmito e volúpia nua,

Solta o cabelo na nudez molhada...

Dou-te a canção sobre o cordel da lua...

Vejo os teus seios da doçura, amada,

As tuas pernas e a delícia amena,

Sorri, no corpo perfumoso e igual,

Porque eu adoro a devoção sem pena

E com desejo sexual, que tal?

VIII

Isso é a paixão maravilhosa e mansa,

Quero-te tudo fortemente, oh lira!

Que o sentimento sinaliza e cansa

Tanta tristeza... É a decepção que atira

Contra os amores e as paixões, é triste!

Queres amar e seduzir bastante?

Só que o valor apaixonado existe,

Como és mulher do coração amante...

IX

Sou amoroso, carinhoso e ateu,

Amo escrever a perfeição dos versos,

Quero entregar porque o presente é teu...

Os lados góticos, carnais e imersos,

Hei de fazer perfeitamente tudo!

O que eu produzo loucamente, é a vida!

Mas o trabalho, a habilidade e o estudo,

Adoro a trova carinhosa e lida!

X

Como é o soneto do lirismo calmo?

Só dois quartetos no começo em cá!

Tu já trabalhas o querido Salmo?

O que o sentido nos encanta e dá

Mais maravilha entre a atenção por ti,

Os dois tercetos com lição sagaz,

Foste o escritor e rimador que eu li,

Sabes que a fama é o sonetista e traz.

(Continuação...)

Lucasmunhoz
Enviado por Lucasmunhoz em 23/07/2015
Código do texto: T5321318
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