Flor da Esperança
Como se com as mãos,
Cavasse vãos e confins,
E retirasse pedaços de mim,
Afugentados pelas correntes de ventos.
Em vida de esperanças vãs,
Coletando fios e delírios,
Enfim perdida nos ais da vida,
Sofridos nos resfolegar de lutas.
Estava a esperar carinho,
Caminhava como uma flor perdida,
Contemplando o mundo,
Escrito talvez em alguma estrela.
Para que assistisse ao fim,
Como uma passagem de tempo,
Sozinha como um aprendiz.
De uma esperança sentida.