O Caminho Do Rio

Arvores que sombreavam,

Curvas que escondiam o caminho,

O assovio do vento que passava no rosto,

Como o sugar de um beija-flor.

E as pétalas desabrochavam,

Com ardente perfume adocicado,

Nas folhagens viçosas e úmidas,

Que enebriam a alma.

Velozes corredeiras no fim do caminho,

Escorregadias como peixes lisos,

Por entre os dedos nos escapolem,

Como beijos e cantigas,

O rio com sua água sussurrante,

Com sua tez morna e profunda,

Abrigando em seus braços muitos segredos,

Como a nudez dos banhos e mergulhos.

Teresa Cristina Monteiro
Enviado por Teresa Cristina Monteiro em 23/07/2015
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