O Caminho Do Rio
Arvores que sombreavam,
Curvas que escondiam o caminho,
O assovio do vento que passava no rosto,
Como o sugar de um beija-flor.
E as pétalas desabrochavam,
Com ardente perfume adocicado,
Nas folhagens viçosas e úmidas,
Que enebriam a alma.
Velozes corredeiras no fim do caminho,
Escorregadias como peixes lisos,
Por entre os dedos nos escapolem,
Como beijos e cantigas,
O rio com sua água sussurrante,
Com sua tez morna e profunda,
Abrigando em seus braços muitos segredos,
Como a nudez dos banhos e mergulhos.