OCASO VOCÊ ACEITE

OCASO VOCÊ ACEITE

Seus detentores

as correntes falsarias

de encontro a verdade

que vinha na verdade

procurar o fascínio

duas taças

disfarça o vinho

como presente bem vindo

as bocas

que não querem

fala alguma

depara com o instante

num estribilho

do poema decorado

que vinha ditado

nas palmas

toda força do homem

que se perde

no que mais agrada

o ego

seriam palavras ditas

no escuro cego

depois do corpo

dizer eu me entrego

que deixe meus membros

amigos felizes sorrindo

rigidos de medo

do segredo escondido

cantar palavras

pelos pêlos

cabelos

de toda forma

no zelo de guardar

segredo

faz você querer

adivinhar

por mordidas de raiva

línguas sanguinárias

unhas cravadas

minhas costas marcadas

teu coração pulsando

cada vez mais alto

a luminária do quarto

agora está apagada

podemos em fim

dormir!