Ondas
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Ondas
Não sei nadar.
Ironicamente, no amor mergulhei.
Nos braços de quem me auxiliava
eu deslizei...
Dei braçadas, respirei, cansei.
Não nado nada.
Nada de nadar, pensei.
Na borda da piscina,
até tentei,
mas cansei demais.
Prefiro os braços sem abraços,
profissionais,
de quem me ensina...
Do nada,
descobri que nada, nada...
Nada mesmo é em vão.
Tudo se revestiu de sentido,
e deslizou nos sonhos,
na piscina de águas azuis
onde nadei.
Nijair Araújo Pinto
Iguatu-CE, 21 de julho de 2015.
18h03min
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