POEMA DO TEMPO

POEMA DO TEMPO

No passar do tempo

No tempo sem vento

Na calçada

Sem pedra

Nos meandros

A baderna

Na Lua sem diamantes

Do amante

No conluio

Vou pra casa

Na vidraça

Já olho sem graça

O banco está vazio

Que frio

Passa das cinco

O sabiá com afinco

Me zonzeia

Divagar não me chateia

O tempo é que me odeia