A METAFORA DO DIABO

A METAFORA DO DIABO

Os zumbis são os marginais

Do outro lado da rua

Os anjos são sempre brancos

São sempre são

Pálidos mortos

Corpos frios

Cantando ilusões baratas

As baratas do terreno

Caindo tontas

Extirpadas na garganta

Comeram do veneno

Servido na mesa

Tinha frutas colhidas

De um altar inteiro

o viveiro do mestre caótico

possui sarcasmos

espasmos orgasmos

entre vasos sanguíneos

o casto come o pasto

no vasto campo de flores

não tem alma

criou a desarma de corpo

o calor nascente

como o sol que vai

voltar do poente

sofre no corpo

sangra o inocente

verdadeiro

a cidade é sempre fantasma

o barulho não muda

na fome de almas

o sereno do silêncio

é tão puro

o céu azul é tão claro

o estranho foi um

nome dado

ao estranho

que come você por dentro...