CANÇÃO DO VENTO
A noite escura, de pleno inverno,
Segue tonta a madrugada fria,
O vento bate na minha janela
Cantando um canto de agonia.
Eu ainda assim estou desperto,
Com a alma cheia de contradição,
Estou cansado, dormir é certo
Mas falta paz no meu coração.
O canto cantado é a voz do vento,
O vento da alma e da consciência
Que me cobra em vários momentos,
O caminho certo da minha existência.
Onde saíste do rio dos sonhos,
Quando abandonaste as tuas metas?
Cadê teu arco de poder risonho
Que atirava certeiras setas?
Retorna logo ao teu caminho,
Mesmo que te sintas enfraquecer.
Faz como eu: quando me afasto
Volto mais forte, com mais poder.
Não podemos abandonar as miras
Traçadas juntas com a consciência,
Pois o sofrimento, a insônia e a ira
Serão os tributos pela desistência.
Canta vento, meu vento amigo!
Teu canto é forte a me convencer
Sei que cantando esta canção contigo
Voltarei a ter forças pra vencer!