ESPERANÇAS (Aos artistas do Bairro)

Vez por outra vejo, ouço e sinto

A arte transitar “in natura” pelas ruas

Ao sabor do vento, pura, nua e crua

Espreitada pelo tempo faminto

Suas vias são asas ritmadas

Abrigos de sonhos incontidos

Berços dos anseios desvalidos

Artérias de luzes inspiradas

Nos encantos das letras e da voz

Dos pinces, danças e artes cênicas

Dos artesões de vida autêntica

Estão os gritos de amor de todos nós

Vez por outra todos criam asas e são meninos

Anjos poetas a cantar hinos de amor

Trazendo esperanças e o desejo vencedor

Às almas retidas nas prisões frias do desatino.