Todo homem quer uma Mãe

Todo homem quer uma mãe...
Dona de casa prendada e solícita
Que seja fêmea, mas de maneira implícita
De modo que seja lícita a postura da mulher
Natural e requintada
Gentil mas sem ser dada
Agir de forma recatada
Para assim não assustar a estes meninos
Os homens...
Bem que apreciam o tipo ninfeta
Contudo, ao unir-se os laços melhor uma careta
Dama digníssima que não os comprometa
A mulher merece toda a liberdade
Porém somente até onde convém a sociedade
Não convém beber demais, esbaldar-se nas madrugadas
Mal combina com as solteiras, o que dirá as bem casadas
Ao consorte é adequado fazer o que bem quer
Boêmia, cantoria e momento de mulher
Salvo a garantia da esposa e o conforto do lar
Patroa dedicada que ajude nas contas a pagar
Todo homem quer uma mãe...
Que os diga o que fazer
Que os cerquem de cuidados, diga até o que comer
Garotos assustados, reprimem fêmea em nós por medo
Medo da possível perda, medo do próprio apego
Há momentos onde elas se encontram
Enquanto eles se vêem perdidos
A feminilidade até os compreende
São seres embrutecidos
O jocoso, quando em quando, ocorre em quatro paredes
Afoitos vem ao pote mortos de fome e de sede
Tudo bem! Quatro paredes por direito é lugar de segredo
Nesta ferida que prometo, não meter o dedo
Deixo estes pensamentos às asas da fantasia
Mas deleitar-se com a mãe é difícil, em  ínfimo uma ironia
Mulher reflexo do céu
Homem espelho da terra
O ing e iang em construção de conjunturas,
Esquecendo-se do tempo de guerra
Resumindo então, melhor chamar uma conclusão:
- Meninos, homens, garotos...
Por favor não se assustem com a nossa lenta evolução.