Lima Bach
O tempero do teu cravo no meu doce
Tem um quê azedo amargo e picante.
Quando saboreio me delicio...
Me desopila o fígado.
Rodo longas em instantes
Onde somos protagonistas.
Tens o rosto mais bonito.
Não porque seja um idealizado,
Mas porque é teu pra mim.
E porque sei que secas lágrimas
Antes que por ele escorram,
Nas minhas memórias te causo risos
Para que não fiques constrangida
E deixes verter toda e qualquer gota.
Abraçados, caio em sono.
Tens a alma mais bonita.
Te possuo nos meus sonhos.
Cavaleiro, cavaleira,
Escudeiro, escudeira,
Desbravamos hostis horizontes.
E se de manhã sorrio com o calor
Dos raios de sol que me atravessam a janela,
É porque já estivemos juntos no seu pôr anterior.
E nos momentos de silêncio diário
Quando tu vens pra mim, brilhar,
Imbuída do tempero e do perfume
Que realça meu viver,
Simplesmente entoo teu nome.
E reforço meu desejo
De estar longe daqui.
Pra sempre.
Pra nunca mais.