corpos-esconderijos
corpos como esconderijos
de ti mesmo
catástrofes pútridas
horizontes esgarçados
pesticidas nítidas
vidas covardes
nas treliças promíscuas
de almas engessadas
fétidas, adormecidas
dos cadeados invisíveis
onde brotam
e esgotam
os desníveis
bastardos
moribundos
sujismundos
dos desnortes
prostrados
pelos ventres
vitrines
abortados
de segmentos
tortos
sem a alegria
dos úteros
e úberes
que sorriem
de longe
dessa nostalgia
malvada