SAMSARA
Seja bem vinda a dor que eleva a alma
Quando aceitamos sofrer sem perder a calma
E passamos de um mundo aos outros níveis.
São seis os mundos que renasceremos
Sou humano eu sei, mas de vez em quando
Sinto o pulsar do animal que em mim habita
O fantasma triste, a vítima faminta
Que desce aos infernos no fogo gélido, o ódio
Cujos olhos grandes almeja outra vida
Na competição do nosso dia a dia
Ah! Os Deuses quem dera ser ao menos um dia
Anjo, flor ou megera passada, extinta
Apertar a mão que me aponta a lua
E ir, de vez e não mais voltar
O eterno sonho de não mais voltar
Oh, cruel Yama afrouxa os dentes
Oh, maldoso Yama solta tuas garras
Deixa-se ir sem medo
Sem olhar prá trás