O sol e a razão
Olho pra frente
Tento ver o pôr do sol
Dou passos firmes
Mas não quero me apressar
Abro a janela
E espero a chuva passar
Selo meu cavalo
Para tentar cavalgar
Caminhoneiro conduz seu “bruto”
Rasgando estrada de chão
Visto o blusão de couro
Quero amenizar o frio
Aprecio a queda d água
Na cabeceira do rio
Há um ligeiro descalibre
Faca amolada a fio
Prefiro não revelar
Qual minha versão
Continuo descendo o rio
Subindo na ribanceira
O sol se pôs
Continuo a pensar
Aguardo novo amanhecer
Eu queria ter visto o sol
Como não consegui
Senti certa frustração
Formulei um questionário
Usando a liberdade de expressão
Não há condenação
Antes do julgamento
Tudo é pontuado
Exageros que confundem
A medida da exatidão
Concateno meus pensamentos
Com as palavras da razão.
**Texto poético em prosa, que retrata a realidade de algumas pessoas que enfrentam obstáculos com naturalidade e recebem como benefício, a satisfação.