Da vergonha que não é minha
Da vergonha que não é minha
Das intrépidas promessas proclamadas
Da lábia profética vomitada impiedosa
A plebe esquecida e sempre enganada
Sim, toma forma a gana ambiciosa
Em seus tronos dourados reluzentes
Acompanhados pela fartura roubada
Morrem aos poucos, história decadente
Espoliados, sua plebe assassinada
Da vergonha que não é minha
Acena contente ao seu populacho
Água suja contrasta com sua vinha
Concretiza assim mais um cambalacho
E sonha assim a plebe martirizada
Com sua fé ruindo minuto a minuto
Vendo suas forças esvaírem vilipendiada
Vitimados sob a crueza de mais um astuto
Eduardo Benetti