Um Canto de Solidão e Palidez.
Não respiro o mesmo ar de antes,
Não tenho as mesmas emoções,
Nem os mesmos sonhos.
Não consigo ver de olhos fechados.
O que aconteceu?
Meus pés doem ao pisar no chão,
Meus pensamentos já não voam tão alto.
Daqui de cima o precipício parece maior.
Não estou com medo,
Estou confuso.
A todo instante tenho certezas incertas,
Que nem ao certo
Sei se algum dia foram sólidas.
Cortaram minhas asas enquanto eu dormia,
E o brilho radiante do que eu sorria,
Se tornou brilho falecido de alguma antiga esperança.
Talvez não me caibam mais doces lembranças,
Cresci demais para sorrir como um garotinho,
Me sinto um pássaro jovem sem ninho,
Tendo que aprender a voar sozinho.
A casa esta vazia e escura,
A solidão perdura a minha volta,
Queria poder retornar as alegrias póstumas,
Daquele tempo de que não sabia o porquê,
Mas eu sorria.