O último amante
Sorriso rouco de sentimento malogrado
Nas vestes mentais da filosofia
Mato o monstro que meu peito cria
no histerismo profano do sagrado
Trago o papel empoeirado e a pena seca,
Aponto no aspecto ambíguo da unicidade
todas as setas veladas da verdade
E as verdades veladas, que à luz ceda
Assim siga pelo caminho que libera
A áustera insígnia da libélula
Batendo asas de motor desgovernado
E cai o gigante em sua carpa
No olhar rubro e flamejante de tua mágoa
Jaz no campo do amor, o último soldado.