O último amante

Sorriso rouco de sentimento malogrado

Nas vestes mentais da filosofia

Mato o monstro que meu peito cria

no histerismo profano do sagrado

Trago o papel empoeirado e a pena seca,

Aponto no aspecto ambíguo da unicidade

todas as setas veladas da verdade

E as verdades veladas, que à luz ceda

Assim siga pelo caminho que libera

A áustera insígnia da libélula

Batendo asas de motor desgovernado

E cai o gigante em sua carpa

No olhar rubro e flamejante de tua mágoa

Jaz no campo do amor, o último soldado.

Orestes Benedictis
Enviado por Orestes Benedictis em 15/07/2015
Reeditado em 31/01/2017
Código do texto: T5311413
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