EU
EU
Eu sou aquele que nasceu terceiro e cresceu certeiro
Que viveu feliz a infância e não estabeleceu distância
Do mês Fevereiro, com os irmãos foi mais que parceiro
Negou cedo a intolerância e desde sempre a arrogância
Se apaixonou ainda criança, apesar de certa relutância
Traçou seu roteiro mas seguiu conforme um passageiro
Procurou viver em consonância mantendo viva vigilância
Ao correto se doou por inteiro como se fosse corriqueiro
Se tornou curandeiro e nunca se entregou ao vil dinheiro
Filosofia em outra instância, tentando fugir da ignorância
Também já foi marinheiro, trabalhou como forte guerreiro
Tem noção da sua circunstância, da vida em abundância
Casou em concordância, duas vezes sem dissonância
Dois filhos do primeiro, depois Sofia lhe fez prisioneiro
Do segundo a ressonância, pleno amor com elegância
Com os netos lisonjeiro, deseja ser mais companheiro
Já morreu como um cordeiro, reviveu como aventureiro
Sente vida em fragrância e a natureza em exuberância
Quer ser como canoeiro que não tem medo de nevoeiro
Consciente da importância do amor em predominância
Marco Antônio Abreu Florentino
Dedico essa poesia a eu mesmo que, desde quando compreendi o mundo, procurei trilhar o caminho da ética e do justo, na medida exata dos valores humanos herdados e transmitidos pelos meus pais e da energia que me anima.