Neo Sauvage!
Toda fita que enrosca & nem fica, passagem,
Ampulheta silvestre, a ousadia translúcida,
Tire o telefone para o lado, fugas inadvertidas,
Qual o mundo que você quer mesmo viver?
Um escafandro andarilho em terra árida,
Novas facetas aparecem atrás da pedra,
Prisão domiciliar do tamanho do ventre,
Sobre o parapeito, todos os olhares, gárgulas,
Sobrou um grito na noite, sexo & selvas,
A espera ressentida no coice aflito da solidão,
Todas as horas mais vadias, a sorte grande,
Qual o sabor que você quer mesmo sentir?
Amaretos sobre passas, um beijo nos seios,
Verte na secura todo o tempo esperado,
A vista que se vira com um boneco de revista,
Outra mira aflita & sem jeito na roda atemporal,
“Não por acaso”, para punhais falantes & gastos,
A noite pede alguma calmaria, mas nada tem,
Sobras & esquecimentos nas dobras do ar,
Sem a ficar como última escolha, gás,
Afetos liquefeitos, sobras nos vesperais,
Saber que até ama, mas quer mais espaço,
Novamente, de tudo que falta, menos sobra,
Um risco que separa uma folha da outra!
Peixão89