Karma(Publicado)

Quando quase te esquecia...

Como estorvo em brandas águas

com naufrágios e procelas

desbotaste minha calma,

meu campo de flores belas;

foi-se, meu sorriso, em mágoas!

Quando quase te esquecia...

Tal qual mórbida demência

condenando mente sã

definhaste minha essência,

exortaste meu afã,

minha tímida indolência!

Quando quase te esquecia...

E arrancar-te do meu peito;

vê bem, meu amor pendente,

que não tinhas o direito

de atentar-me o presente

pondo em lágrimas, meu leito!

Quando já em mim nutria

esperança em ser feliz,

vieste qual um fantasma,

vil arauto que me diz:

- Serei teu eterno karma,

aos teus sonhos meretriz!

Carlos E S Dantas
Enviado por Carlos E S Dantas em 18/06/2007
Reeditado em 22/02/2008
Código do texto: T531113