Karma(Publicado)
Quando quase te esquecia...
Como estorvo em brandas águas
com naufrágios e procelas
desbotaste minha calma,
meu campo de flores belas;
foi-se, meu sorriso, em mágoas!
Quando quase te esquecia...
Tal qual mórbida demência
condenando mente sã
definhaste minha essência,
exortaste meu afã,
minha tímida indolência!
Quando quase te esquecia...
E arrancar-te do meu peito;
vê bem, meu amor pendente,
que não tinhas o direito
de atentar-me o presente
pondo em lágrimas, meu leito!
Quando já em mim nutria
esperança em ser feliz,
vieste qual um fantasma,
vil arauto que me diz:
- Serei teu eterno karma,
aos teus sonhos meretriz!