GOZES
GOZES
Gozes
Enquanto algozes
E porta-vozes
Anunciam o início
Do fim
Perca-te em fluídos
Distraídos
Enquanto destruídos
São os teus descendentes
Decentes
E os geridos mau e porcamente
Comandam da dor a semente
Enquanto entre quatro paredes
Matas sedes
De Madalenas e Mercedes
Perdidas em camas duras
Em disfarçadas ditaduras
Gozando e fazendo gozar
Em nadas,
Gozes
Afinal algozes
São eternos
E sempre duram
E perduram
Enquanto batem corações
Dissonantes
Muito mais do que antes
Pois afinal
Tudo é progresso
Tudo é sucesso
Enquanto gozas
E és gozado
Por acreditares
Em pilares
Da humanidade