Olhos no espelho,,,
Se fosses mágico
Terias em mim
O que foi em ti
A única face!
Ora uma estranha,
Que me observa
Em que generoso instinto
Me acompanha
A sobrepor os sentimentos.
Que glória desse amor,
Em ti sonhastes?
Que eu não caia em ti
Ouvindo-o no calmo seio
Do eterno sorriso de menina.
Mesmo que em breve choro.
E entrecortada queixa,
Vestes se aos olhos ávidos
Dos ridentes dias.
Tudo onde em ti: Começavas!
Inda assim em vestígios,
Em mim terminava.
Embora em ti sozinha.
Testemunhei!
Que me trouxestes a vida
Em si mais bela.
Hoje sei torcer esse destino.
No espaço desse momento
Limpar esse peso tão fundo
Que o tempo deixara.
Aceitar tal castigo imerecido
De mesmo ardente amor!
Salvei me então.
Desse naufrágio.
Como quem ama!
Como quem vive!
Quem vive! morre! e recebe.
Tão docemente a tristeza
Em si muito, muito mais bela!