O jogo

Começou, sob regras, o grande conflito

Onde mil apostam para si até seu espírito

E as ideias vão sendo a grande estratégia

Compete a mim e ao outro se enfrentar

Com coisas ríspidas ou suaves

Com palavras doces ou insultos

Compete, e para todo sempre se repete

Esse jogo do inconsciente

Onde não se sabe o que sente

Até que os sentidos nos avisam

E confundem nossa estratégia de vida

Que é viver sem ter feridas

Tão pouco morrer, pelo jogo perdido

É sim um cassino, de oficiais e clandestinos

Cada um aposta junto a seu tempo

A boa sensação, mel e veneno

Os dados são nossa referência

A situação, na roleta do dia que nos pensa

Faz o jogador em tudo apostar

Olhos nos olhos, ou no blefe

Vender seu egoísmo para jogar

Trocar por pequenas vaidades

As cartas na mesa, a vida apostou

Esse jogo de humanos, tão desumano

Onde um ganha, para que mil percam

Onde começar de novo é a grande repescagem

Apostar tudo novamente faz parte da gente

Igual a nenhum outro, em algo tão diferente

Cada olho no olho, um subjetivo negociar

Pois o jogador da vida será eternamente

Um compulsivo ardente, um viciado em jogar...